domingo, 19 de junho de 2011

EMPREENDEDORISMO

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SALVADOR














ALCEBIADES PEREIRA FILHO
ANTONIO CASSIO
DANIELE BARBOSA DE ARAUJO
DANIELE DA HORA
NURIA AZEVEDO
VERENA SANTOS










EMPREENDEDORISMO











SALVADOR
2010


ALCEBIADES PEREIRA FILHO
ANTONIO CASSIO
DANIELE BARBOSA DE ARAUJO
DANIELE DA HORA
NURIA AZEVEDO
VERENA SANTOS










EMPREENDEDORISMO









Trabalho sobre Empreendedorismo apresentado a Universidade Católica de Salvador, 1º semestre do curso de Administração de Empresas, disciplina Comunicação, sob a orientação da professora Guilhermina Maria Mendes Carvalho.









Salvador
2010.
SUMÁRIO

1. Apresentação
2. Histórico
3. A revolução do empreendedorismo
          4. O velho modelo econômico: A era da manufatura
5. Nova era de inovação empreendedora
6. Por que empreendedorismo?
7. O empreendedorismo no Brasil
8. Fatores associados com maiores níveis de atividade empreendedora.
9. Empreendedorismo e o envolvimento de pessoas e processos.
10. Empreendedorismo
11. Mitos sobre empreendedorismo
12. Algumas características dos empreendedores.
13. Conclusão
14. Anexos.
15. Referencias bibliográficas.














1. Apresentação


 O conceito de empreendedorismo é muito subjetivo, todos parecem conhecer, mas não conseguem definir realmente o que seja. Essa subjetividade pode ser devido as diferentes concepções ainda não consolidadas sobre o assunto ou por se tratar de uma novidade, principalmente no Brasil, onde o tema se popularizou a partir da década de 90. A ascensão do empreendedorismo vem paralelamente ao processo de privatização das grandes estatais e abertura do mercado interno para concorrência externa. Daí a grande importância de desenvolver empreendedores que ajudem o país no seu crescimento e gere possibilidade de trabalho, renda e maiores investimentos.
Por isso, este trabalho  propôs-se apresentar o que é o empreendedorismo, seu histórico, características de um empreendedor e considerar aos leitores a possibilidade de se tornarem empreendedores.


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2. Histórico


De acordo com o dicionário eletrônico Wikipédia, empreendedorismo é o movimento de mudança causado pelo empreendedor, cuja origem da palavra vem do verbo francês “entrepreneur” que significa aquele que assume riscos e começa algo de novo. Apesar do empreendedorismo estar cada vez mais em evidência nos artigos, revista, internet, livros e aparentar ser um termo “novo” para os profissionais, é um conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo. Só no início do século XX, a palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 como sendo, de forma resumida, uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Mais tarde, em 1967 com K. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar em algum negócio. E em 1985 com Pinchot foi introduzido o conceito de intra-empreendedor, uma pessoa empreendedora, mas dentro de uma organização.
Buscando ainda as raízes do empreendedorismo, Dornelas (2001) faz um resgate histórico e identifica que a primeira definição de empreendedorismo é creditada a Marco Polo, sendo o empreendedor aquele que assume os riscos de forma ativa, físicos e emocionais, e o capitalista assume os riscos de forma passiva. Na Idade Média, o empreendedor deixa de assumir riscos e passa a gerenciar grandes projetos de produção principalmente com financiamento governamental. E no século XVII, surge a relação entre assumir riscos e o empreendedorismo. Bem como a criação do próprio termo empreendedorismo que diferencia o fornecedor do capital, capitalista, daquele que assume riscos, empreendedor. Mas somente no século XVIII, que capitalista e empreendedor foram complemente diferenciados, certamente em função do início da industrialização.
Com as mudanças históricas, o empreendedor ganhou novos conceitos, na verdade, são definições sob outros ângulos de visão sobre o mesmo tema, conforme Britto e Wever (2003, p. 17), “uma das primeiras definições da palavra empreendedor, foi elaborada no início do século XIX pelo economista francês J. B. Say, como aquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento””. No século XX, tem-se a definição do economista moderno, de Joseph Schumpeter, já citada acima sucintamente, “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais” (SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2001, p. 37).
Contudo, parece que uma definição de empreendedor que atende na atualidade é de Dornelas (2001, p. 37), que está baseada nas diversas definições vistas até então,“o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”. Caracteriza a ação empreendedora em todas as suas etapas, ou seja, criar algo novo mediante a identificação de uma oportunidade, dedicação e persistência na atividade que se propõe a fazer para alcançar os objetivos pretendidos e ousadia para assumir os riscos que deverão ser calculados.





















3. A revolução do empreendedorismo
O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o século 20 ( Timmons 1990).
O mundo tem passado por várias transformações em curtos períodos de tempo, principalmente no século XX, quando foi criada a maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas. Geralmente, essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar coisas já existentes, mas que ninguém antes ousou olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais que são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Uma vez que os empreendedores estão revolucionando o mundo, seu comportamento e o próprio processo empreendedor devem ser estudados e entendidos.
Alguns conceitos administrativos predominaram em determinados períodos do século XX, em virtude de contextos sociopolíticos, culturais, de desenvolvimento tecnológico, de desenvolvimento e consolidação do capitalismo, entre outros. Alguns conceitos foram mais determinantes: no início do século, foi o movimento da racionalização do trabalho; na década de 1930, o movimento das relações humanas; nas décadas de 1940 e 1950, o movimento do funcionalismo estrutural; na década de 1960, o movimento dos sistemas abertos; nos anos 1970, o movimento das contingências ambientais. No momento presente, não se tem um movimento predominante, mas acredita-se que o empreendedorismo irá, cada vez mais, mudar a forma de se fazer negócios no mundo. O papel do empreendedor foi sempre fundamental na sociedade. Então, por que o ensino do empreendedorismo está se intensificando agora? O que é diferente do passado? Ora, o que é diferente é que o avanço tecnológico tem sido de tal ordem, que requer um número muito maior de empreendedores. A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de forma que hoje existe a necessidade de se formalizarem conhecimentos, que eram apenas obtidos empiricamente no passado. Portanto, a ênfase em empreendedorismo surge muito mais como conseqüência das mudanças tecnológicas e sua rapidez, e não é apenas um modismo. A competição na economia também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes. Por isso, o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo, pois são os empreendedores que estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade.

Ciclo da prosperidade:
Empreendedorismo + Inovação = Prosperidade: A prosperidade é resultado cada vez mais da COMPETITIVIDADE que é estabelecida a partir de fatores entre os quais, um dos principais no mundo moderno é a INOVAÇÃO, que uma vez obtida com regularidade gera mais  PROSPERIDADE.
O que é inovação? “... inovação não é ela ACONTECE!”
– inovação é um fenômeno gerador de riqueza típico do ambiente econômico mundial recente e vigente.
– A inovação se manifesta principalmente num ambiente social onde o MERCADO tem um papel preponderante, somente ali.
– Não existe inovação sem MERCADO!
– É como uma concepção construída por vários elementos e não só dois como no caso da concepção humana.

4. O velho modelo econômico: A era da manufatura
Quando um capitalista reúne na sua fábrica os operários e cada um executa as diferentes operações que criam a mercadoria, ele dá à cooperação simples um caráter todo especial: ele estabelece a divisão do trabalho e a manufatura. A manufatura nada mais é do que um mecanismo de produção cujos órgãos são os seres humanos. 
Embora a manufatura se baseie sempre na divisão do trabalho, ele tem uma dupla origem: em alguns casos, a manufatura reuniu na mesma fábrica os diversos ofícios necessários à produção de uma mercadoria; estes ofícios estavam antes, como todas as atividades artesanais, separados e divididos entre si. Em outros casos, a manufatura dividiu as diferentes operações de um trabalho que antes formavam um todo na produção de uma mercadoria, e juntou-as na mesma fábrica. 
Por exemplo, uma carruagem, dessas que a gente vê no cinema, era o produto global doa trabalhos de numerosos artesãos independentes como o carpinteiro, o estofador, o costureiro, o serralheiro, o torneiro, o passamenteiro, o vidreiro, o pintor, o envernizador, o dourador, etc. A manufatura de carruagens reuniu todos esses diferentes artífices numa mesma fábrica, onde trabalham simultaneamente, colaborando um com o outro. Não se pode dourar uma carruagem antes de estar pronta; se, porém, muitas carruagens são feitas ao mesmo tempo, umas podem ser douradas enquanto outras se encontram em outras fases do processo de produção. A fabricação da agulha, por exemplo, foi dividida pela manufatura em mais de 20 operações parciais, que agora fazem parte do processo de fabricação total dessa agulha. A manufatura, portanto, ora reuniu vários ofícios em um só, ora dividiu um mesmo oficio em muitos. 
A força e os instrumentos de trabalho foram também multiplicados pela manufatura, mas ela os tornou terrivelmente técnicos e simples porque foram reduzidos a uma única e invariável operação elementar. 
São as grandes vantagens que o capital realiza na manufatura ao determinar essas tarefas elementares e repetitivas para diferentes forças de trabalho, pois a força de trabalho ganha muito em intensidade e precisão. Todos aqueles poros, aqueles pequenos intervalos diferentes entre as diferentes fases de um processo de elaboração de uma mercadoria que a gente encontrava no trabalhador isolado, desaparecem, quando, agora, esse mesmo trabalhador executa sempre a mesma operação. O trabalhador daqui para frente não precisa mais passar anos a fio, aprendendo um oficio, o que ele precisa e saber executar apenas uma das muitas operações que formam todo um oficio e essa operação ele aprende em muito pouco tempo. Esta diminuição de custos e de tempo é também uma diminuição de coisas necessárias ao trabalhador, ou seja, uma diminuição de tempo de trabalho necessário e um aumento correspondente de sobre-trabalho e mais valia. O capitalista, pois, verdadeiro parasita, à custa do trabalho alheio, cada vez mais rico e o trabalhador, por isso, sofrendo cada vez mais. 
Enquanto a cooperação simples, em geral, não pode modificar o modo de trabalhar do individuo, a manufatura o revoluciona inteiramente e se apodera da força individual de trabalho em suas raízes. Deforma monstruosamente o trabalhador, levando-o artificialmente a desenvolver uma habilidade parcial, à custa da repressão de um mundo de instintos e capacidades produtivas, lembrando aquela pratica das regiões platinas, onde se mata um animal, apenas para tirar-lhe a pele e o sebo. 
Não só trabalho é dividido e suas diferentes frações distribuídas entre os indivíduos, mas o próprio individuo é mutilado e transformado em instrumento automática de um trabalho parcial, tornando-se realidade, assim, a fábula absurda do patrício romano Menennius Agrippa, em que o ser humano aparece representado por um único fragmento de seu próprio corpo,o estômago.  Dugald Steawart chama os trabalhadores de manufatura autômatos vivos, empregados na fração de um trabalho. 
Originariamente, o trabalhador vendia sua força de trabalho ao capital por lhe faltarem os meios materiais para produzir uma mercadoria. Agora, sua força individual de trabalho não funciona se não estiver vendida ao capital; para poder funcionar, ela necessita daquele centro social que só existe na fábrica do capitalista. O povo eleito trazia escrito na testa que era propriedade de Jeová; do mesmo modo, a divisão do trabalho ferreteia o trabalhador com marca de seu proprietário: o capital. Storch dizia: “o operário que dominha um ofício completo pode trabalhar por toda a parte para se manter, o outro, o da manufatura, é quase apenas um acessório e, separado de seus colegas de trabalho, não tem capacidade, nem independência, sendo forçado a aceitar a norma que lhe querem impor”. 
As forças intelectuais da produção – continua Marx – se tornam bitoladas, ao se desenvolverem em apenas um sentido, tolhidas em tudo que não se enquadrem em sua unilateralidade. O que esses trabalhadores parciais perdem se concentra no capital que com eles se confronta. As forças intelectuais da produção material, com a divisão manufatureira do trabalho, aparecem ao operário como propriedades de outros e como poder que os domina. Esse processo de dissociação já começa com a cooperação simples, em que o capitalista representa para o trabalhador isolado a unidade e a vontade do trabalhador coletivo. 
Na manufatura, esse processo se desenvolve e mutila o trabalhador a ponto de reduzi-lo a uma partícula de si mesmo. Na indústria moderna, temos o processo completo, perfeito, que faz da ciência uma força produtiva independente do trabalho e que a recruta para servir ao capital. 
Na manufatura, o enriquecimento do trabalho coletivo e , por isso, do capital, em forças produtivas sociais, realiza-se as custas do empobrecimento da força produtiva do trabalhador individual. 
“A ignorância”, diz Ferguson, “é a mãe da indústria como é da superstição. O raciocínio e a imaginação estão sujeitos a erros; mas o hábito de mover o pé ou a mão não depende nem de um, nem de outra. Por isso, as manufaturas prosperam mais onde se requer menos inteligência, de modo que, não tendo necessidade de forças intelectuais, a fábrica pode ser considerada como uma máquina cujas peças são os seres humanos”.  
Marx, para ilustrar o caso desse trabalhador mutilado, nos fala de algumas manufaturas que, em meados do século 18, empregavam de preferência indivíduos meio idiotas, em certas operações simples, mas que eram segredos de fabricação. 
Smith disse sobre a imbecilidade do trabalhador parcial: “a inteligência da maior parte dos homens se forma necessariamente no decorrer de sua ocupação do dia-a-dia. Um homem, que passa toda a vida a executar um pequeno número de operações simples, não tem nenhuma condição desenvolver a sua inteligência, nem de exercitar a sua imaginação… Ele se torna, em geral, tão estúpido e ignorante quanto uma criatura humana pode vir a sê-lo”. E, continua Adam Smith: “A uniformidade da vida estacionária corrompe naturalmente a ânimo desse trabalhador… Chega mesmo a destruir a energia de seu corpo, tornando-o incapaz de empregar suas forças com vigor e perseverança em qualquer outra tarefa que não seja aquela para que foi adestrado. Assim, sua habilidade em seu oficio particular parece adquirida com o sacrifício de suas virtudes intelectuais, sociais e guerreiras. E em toda a sociedade desenvolvida e civilizada, esta é a condição a que ficam necessariamente reduzidos os pobres que trabalham, isto é, a grande massa do povo”  
Para remediar esta degeneração completa que resulta da divisão do trabalho. Adam Smith receita em doses prudentemente homeopáticas o ensino popular pago pelo Estado. Essa idéia de Smith, que era um inglês, foi combatida com coerência pelo seu tradutor e comentador francês, G. Garnier, que, no primeiro império francês, encontrou condições naturais para se transformar
em senador. Segundo esse sujeito, a instrução popular é contrária às leis da divisão do trabalho e adota – lá seria o mesmo que acabar com todo o nosso sistema social. Vejam como ele se expressou:  
“Como todas as outras divisões do trabalho, a que existe entre o trabalho mecânico e o trabalho intelectual se torna mais acentuada e mais evidente à medida que a sociedade (e esse Garnier chama de “sociedade” o Estado com a propriedade da terra, o capital etc.) se torna mais rica. Como qualquer outra divisão do trabalho, esta é a conseqüência de progressos passados e causa de progressos futuros… deve então o governo contrariar essa divisão e retardar sua marcha natural? Deve empregar uma parte da receita pública para confundir e misturar as duas espécies de trabalho que tendem por si mesma se separar?”. 
“A arte de pensar, num tempo em que tudo está separado, pode mesmo se constituir em um ofício à parte”, escreveu Ferguson. 
Certa deformação física e espiritual é inseparável mesma da divisão do trabalho na sociedade. Mas, como o período manufatureiro leva muito mais longe a divisão social do trabalho e, como sua divisão peculiar, ataca o individuo em suas raízes vitais,é esse período que primeiro fornece o material e o impulso para a patologia industrial. Ramazzini, professor de medicina prática em Pádua, Itália, publicou em 1713 a sua obra “De Morbis Artificum” (Da morte artificial), sobre doenças entre artesãos. A lista de doenças que atingem o operário foi, naturalmente, muito aumentada com a indústria moderna, como demonstram os escritores que vieram depois dele: Dr. A. L. Fonterel, Paris, 1858; Eduardo Reich, Erlangen, 1868 e outros, além de uma pesquisa muito importante encomendada pela Sociedade de Artes e Ofícios, em 1854, na Inglaterra, sobre a saúde pública.  
“Subdividir um homem é executá-lo, se merece a pena de morte; é assassiná-lo se não merece. A subdivisão do trabalho é o assassinato de um povo”, afirmou o Dr. Urquhart, em 1865. 
Hegel, um dos grandes pensadores na história da filosofia, tinha opiniões muitos hieráticas, muito idealistas, sobre a divisão do trabalho. Vejam como ele colocou o problema em sua obra, Filosofia do Direito:  
“Por homem culto entendemos, em primeiro lugar, aquele que é capaz de fazer tudo o que os outros fazem”. 
Botando as coisas no chão, na sua realidade vamos concluir mais este capitulo, com essas palavras de Marx: 
 “A divisão do trabalho, em sua forma capitalista, não é mais do que um método particular de produzir a mais-valia, ou de fazer aumentar, à custa do operário, os lucros do capital – é o que chamam de riqueza nacional. Ás custas do trabalhador desenvolve-se a força coletiva do trabalho em prol do capitalista. Criam-se novas condições para assegurar a dominação do capital sobre o trabalho. Essa forma de divisão do trabalho é uma fase necessária na formação econômica da sociedade, é um meio civilizado e refinado de exploração!”

5. Nova era de inovação empreendedora

A passagem do século XX para o XXI encorajou a avaliação crítica dos  acontecimentos abrigados pelos últimos cem anos. A compreensão escorreita dos usos  sociais, políticos e econômicos da difusão do incremento tecnológico e da racionalidade  técnica – sob as novas demandas e significados da reestruturação produtiva e sua  proclamação como sendo universais e inquestionáveis – possibilita conhecer um novo ângulo da luta pela hegemonia de grupos sociais representantes dos interesses econômicos estabelecidos, que pretendem canonizar e secularizar os valores morais que abençoam, sempre incorporando aos seus propósitos os justos anseios de uma maioria pela mudança e emancipação, ainda mais em momentos de crise, quando são convolados esforços para a reprodução e interiorização das mais-valias, tão caras à manutenção do capitalismo.
No caso particular, destacam-se as transformações nos processos de produção, os avanços tecnológicos, as conquistas científicas, e as profundas mutações no interior do mundo do trabalho, que à revelia da materialidade empírica e da comprovação factual – em tempos de cólera e de crise, em que as corporações se amiúdam e se amesquinham, na benfazeja e constante reprodução das condições de alienação e subsunção do trabalhador ao capital, e de acirramento da divisão social e técnica do trabalho –, acolhem o código fraternal dos acumuladores de capital no mundo, pretensamente legitimado por uma “igualdade de oportunidades” nas relações entre Empreendedorismo, Ciência e Inovação, código esse que toma a boca de cena do teatro de operações discursivas e sociais para a retroalimentação de um capitalismo turbinado tardio que agora se apresenta sob as vestes da inclusão e da solidariedade.
O cenário é complexo e desolador: fuga de capitais, minimização dos lucros, suspensão de investimentos no setor produtivo, férias coletivas, demissões, desaquecimento da demanda, promoções e liquidações de toda ordem no comércio, acordos com sindicatos para suspender demissões em troca de redução de salário e de jornada de trabalho, redução dos níveis de emprego e renda em todo o mundo, riscos de recessão generalizada e deflação.
Estas são as expressões mais visíveis da face nada humana de uma economia vulnerável aos humores do mercado e à hegemonia do capital financeiro, cujos signatários buscam deslanchar ações emergenciais para evitar o agravamento da primeira crise verdadeiramente global e, não obstante, para o conseqüente redesenho da estrutura de poder mundial.
O tombo nos investimentos, os empreendimentos parados e os investimentos adiados ou cancelados – para além do aumento da inadimplência –, contrastam com o clima de fantasiosa euforia dos defensores da idéia do empreendedorismo como solução final. Em detrimento do quadro recessivo, que faz com que as corporações em todo o mundo suspendam os investimentos previstos antes da deflagração da crise e seu aprofundamento, continuamos a ouvir a ladainha sobre empreendedorismo e inovação, em especial no Brasil, com  apoio de amplos setores da mídia, da CNI – Confederação Nacional da Indústria; do
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; da Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro; do IBPQ – Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade; e de organizações não governamentais e entidades do Terceiro Setor que se dedicam à difusão da cultura do empreendedorismo, que virou coqueluche no mundo todo.
Assim, as relações entre inovação e empreendedorismo são assumidas, por imitação, como um fim em si mesmas, e o Estado não se exime da responsabilidade e do compromisso de incrementar esse processo. Organizado comercialmente, privilegia o capitalismo industrial, a propriedade privada, a divisão do trabalho e a livre concorrência, através de políticas públicas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) para a regulação social e acumulação de riqueza, com a manipulação cognitiva do conceito de inovação técnica e das políticas necessárias à sua consecução, processos considerados vitais para a produtividade e a competitividade, com o conseqüente reforço a priori do valor ciência, da teoria do capital humano e da necessidade de obtenção de vantagem competitiva pela inovação.
Com o argumento de que Ciência, Tecnologia e Inovação (C, T&I) são considerados, no cenário mundial contemporâneo, instrumentos fundamentais para o desenvolvimento, o crescimento econômico, a geração de emprego e renda e a democratização de oportunidades, e que C,T&I são hoje elementos estratégicos fundamentais para as empresas superarem a complexidade e a incerteza decorrentes da
crescente globalização da economia, os setores que se dedicam à difusão da cultura do empreendedorismo esperam enfatizar a racionalidade da atividade científica, mascarando irracionalidade da acumulação incessante, e desta forma convencer a todo custo acercada necessidade de constituição de um cenário econômico marcado pelo êxito empresarial de novos atores, que assumam para si a responsabilidade e a capacidade de empreender inovar, revigorando o processo produtivo e atendendo simultaneamente a demandas por eficiência, preço, qualidade, flexibilidade e diferenciação.
Essa capacidade empreendedora, aliada à inovação e à tecnologia, seria a base sólida para o desenvolvimento e o crescimento econômico, bem como para o aumento da competitividade empresarial. Em face de um contexto marcado por mudanças rápidas e descontínuas, seria a forma segura, confiável e mais adequada de enfrentar a crise aberta pela transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento, em que sobrevivem não os mais fortes, mas os mais rápidos e criativos.

6. Por que empreendedorismo?

·      Reino Unido: Em 1998  publicou um relatório a respeito do seu futuro competitivo, o qual enfatizava a necessidade de desenvolver uma série de iniciativas para intensificar o empreendedorismo na região.

·      Alemanha: Tem estabelecido vários programas que destinam recursos financeiros, e apoio na criação de novas empresas. Na década de 90, aproximadamente 200 centros de inovação foram criados provendo espaço e outros recursos para empresas start – ups. Start-up é um modelo de empresa jovem, embrionária, recém-criada, ou ainda em fase de constituição, implementação e organização de suas operações (o que é mais comum). Podendo até mesmo sequer ter iniciado a comercialização de seus produtos e serviços. Pode também ser uma empresa totalmente solidificada no mercado que beneficiou de um crescimento rápido.

·      Finlândia: Em 1995, o decênio do empreendedorismo foi lançado na Finlândia com vista a: criar uma sociedade empreendedora promover o empreendedorismo como uma fonte de geração de emprego e incentivar a criação de novas empresas.

·      Israel: Programas de incubadoras tecnológicas ( + de 500 negocios já foram criados nas 26 incubadoras do projeto). Houve ainda uma avalanche de investimento de capital de riscos nas empresas israelenses, sendo que mais de 100 empresas criadas em Israel encontram-se com suas ações na NASDAQ ( Bolsa de ações de empresas de tecnologia e internet, nos EUA).

·      França: Iniciativas para desenvolver o empreendedorismo nas universidades, particularmente para engajar os estudantes. Incubadoras baseadas nas universidades estão sendo criadas; uma competição nacional para novas empresas de tecnologia foi lançada;  e uma fundação de ensino do empreendedorismo foi estabelecida.

·      A década de 90 foi a década de empreendedorismo nos EUA: desfrutou de 8 anos de crescimento econômico, o período mais longo de crescimento continuo no século 20; Boom da internet (mundo assiste a um verdadeiro boom de expansão da rede mundial de computadores, a internet. Mesmo países que estavam fechados e que impunham restrições aos seus cidadãos estão sendo obrigados a abrir essa possibilidade de conexão.); Crescimento do venture capital( capital de risco ou venture capital é um tipo de investimento privado, através do qual se compra participação societária em empresas que apresentem possibilidades de crescimento exponencial. ); Ganhos vultuosos nas bolsas de Nova York e Nasdaq; Novos jovens milionários.

·      Conclusão do departamento de comércios: A conjunção desse intenso dinamismo empresarial e rápido crescimento econômico, somados aos baixos índices de desemprego e baixas taxas de inflação, aparentemente apontam para uma única conclusão: o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico criando emprego e prosperidade.



7. E no Brasil: Iniciativas começam a aumentar...

O empreendedorismo no Brasil
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990, quando entidades como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora. O Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que busca junto a essa entidade todo o suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negócio. O histórico da entidade Softex pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia.
Foi com os programas criados no âmbito da Softex em todo o país, junto a incubadoras de empresas e a universidades/cursos de ciências da computação/informática, que o tema empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira. Até então, palavras como plano de negócios (business plan) eram praticamente desconhecidas e até ridicularizadas pelos pequenos empresários. Passados 20 anos, pode-se dizer que o Brasil entra neste novo milênio com todo o potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo de todo o mundo, comparável apenas aos Estados Unidos, onde mais de 2.000 escolas ensinam empreendedorismo.
Seria apenas ousadia se não fosse possível. Ações históricas e algumas mais recentes desenvolvidas começam a apontar para essa direção. Seguem alguns exemplos:
1. Os programas Softex e Genesis (Geração de Novas Empresas de Software, Informação e Serviços), criados na década de 1990 e que até há pouco tempo apoiavam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da disciplina em universidades e a geração de novas empresas de software (start-ups). O programa Softex foi reformulado e continua em atividade. Informações podem ser obtidas em www.softex.br.
2. O programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, que foi dirigido à capacitação de mais de 6 milhões de empreendedores em todo o país, destinando recursos financeiros a esses empreendedores, totalizando um investimento de R$8 bilhões. Este programa vigorou de 1999 até 2002 e realizou mais de 5 milhões de operações de crédito.
3. Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae, que são líderes em procura por parte dos empreendedores e com ótima avaliação.
4. Os diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com o programa Engenheiro Empreendedor, que tinha como objetivo capacitar alunos de graduação em engenharia de todo o país. Destaca-se também o programa Ensino Universitário de Empreendedorismo, da CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e IEL (Instituto Euvaldo Lodi), de difusão do empreendedorismo nas escolas de ensino superior do país, presente em mais de duzentas instituições brasileiras, envolvendo mais de 1.000 professores em 22 estados do país.
5. Houve ainda um evento pontual que depois se dissipou, mas que também contribuiu para a disseminação do empreendedorismo. Trata-se da explosão do movimento de criação de empresas pontocom no país nos anos de 1999 e 2000, motivando o surgimento de várias empresas start-up de Internet, desenvolvidas por jovens empreendedores.
6. Especial destaque deve ser dado ao enorme crescimento do movimento de incubadoras de empresas no Brasil. Dados da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas) mostram que, em 2008, mais de 400 incubadoras de empresas encontravam se em atividade no país.
7. Mais recentemente, várias escolas estão criando programas não só de criação de novos negócios, mas também focados em empreendedorismo social e empreendedorismo corporativo. Existem ainda programas específicos sendo criados por escolas de administração de empresas e de tecnologia para formação de empreendedores, incluindo cursos de MBA (Master of Business Administration), e também cursos de curta e média duração, e ainda programas a distância (EAD).
8. O crescente movimento das franquias no Brasil também pode ser considerado um exemplo de desenvolvimento do empreendedorismo nacional. Segundo a Associação Brasileira de Franchising, em 2007 havia mais de 1.200 redes de franquias constituídas no país, com cerca de 65.000 unidades franqueadas, o que correspondeu a R$46 bilhões de faturamento consolidado do setor.
Um fato que chamou a atenção dos envolvidos com o movimento de empreendedorismo no mundo e, principalmente, no Brasil foi o resultado do primeiro relatório executivo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2000), onde o Brasil apareceu como o país que possuía a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total dessa população: 1 em cada 8 adultos. Como se sabe, este estudo tem sido realizado anualmente e no gráfico apresentado anteriormente o Brasil aparece em 2007 na nona posição, com um índice de criação de empresas (TEA) de 12,72 no momento da pesquisa, ou seja, em cada 100 pessoas, cerca de 13 desenvolviam alguma atividade empreendedora. Isso corresponde a mais de 15 milhões de pessoas envolvidas em novos negócios.
Mas, o que significa ficar em primeiro, nono ou vigésimo lugar nesse ranking?
A criação de empresas por si só não leva ao desenvolvimento econômico, a não ser que esses negócios estejam focando oportunidades no mercado. Isso passou a ficar claro a partir do estudo anual do GEM, do qual se originaram duas definições de empreendedorismo. A primeira seria o empreendedorismo de oportunidade, em que o empreendedor visionário sabe aonde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa à geração de lucros, empregos e riqueza. Está totalmente ligado ao desenvolvimento econômico, com forte correlação entre os dois fatores. A segunda definição seria o empreendedorismo de necessidade, em que o candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por falta de opção, por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho. Nesse caso, esses negócios costumam ser criados informalmente, não são planejados de forma adequada e muitos fracassam bastante rápido, não gerando desenvolvimento econômico e agravando as estatísticas de criação e mortalidade dos negócios. Esse tipo de empreendedorismo é mais comum em países em desenvolvimento, como ocorre com o Brasil, e também influencia na atividade empreendedora total desses países. Assim, não basta o país estar ranqueado nas primeiras posições do GEM. O que o país precisa buscar é a otimização do seu empreendedorismo de oportunidade. No Brasil, historicamente o índice de empreendedorismo de oportunidade tem estado abaixo do índice de empreendedorismo de necessidade, mas nos últimos anos tem-se percebido uma melhora e até reversão desta tendência. Como exemplo, em 2007, cerca de 57% das iniciativas empreendedoras no país eram de empreendedores de oportunidade e 43% de empreendedores de necessidade. Espera-se que para os próximos anos cada vez mais empreendedores focados em oportunidades surjam, promovendo o desenvolvimento do país.
No entanto, ainda faltam políticas públicas duradouras dirigidas à consolidação do empreendedorismo no país, como alternativa à falta de emprego, e visando a respaldar todo esse movimento proveniente da iniciativa privada e de entidades não-governamentais, que estão fazendo a sua parte. A consolidação do capital de risco e o papel do angel (“anjo” – investidor pessoa física) também estão se tornando realidade, motivando o estabelecimento de cenários otimistas para os próximos anos.
Um último fator, que dependerá apenas dos brasileiros para ser desmitificado, é a quebra de um paradigma cultural de não valorização de homens e mulheres de sucesso que têm construído esse país e gerado riquezas, sendo eles os grandes empreendedores, que dificilmente são reconhecidos e admirados. Pelo contrário, muitas vezes são vistos como pessoas de sorte ou que venceram por outros meios alheios à sua competência. Isso deverá levar ainda alguns anos, mas a semente inicial foi plantada. É necessário agora regá-la com zelo, visando à obtenção de um pomar com muitos frutos no futuro.

8. Fatores associados com maiores níveis de atividade empreendedora
·       Percepção das oportunidades
·       Fatores sociais e culturais
·       Educação (segundo grau e universidade)
·       Participação das mulheres
·       Experiências
·       Suporte financeiro para start ups


9. Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos
O empreendedor é aquele que percebe uma oportunidade  cria meios ( nova empresa, área de negócios etc.) para persegui-la.
O processo do empreendedor envolve todas as funções, ações e atividades associadas com a percepção de oportunidade e a criação de meios para persegui-las.

10. O Empreendedor
O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização, ou pela exploração de novos recursos e materiais.
È aquele que faz acontecer, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização.
Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
·                 Iniciativa para criar / inovar e paixão pelo que faz
·                 Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vivem
·                 Aceita assumir os ricos e a possibilidade de fracassar

11. Mitos sobre o empreendedor:
1- Empreendedores são natos, nascem para o sucesso. – realidade: maioria dos empreendedores nasce com certo nível de inteligência, empreendedores de sucesso acumulam relevantes habilidades experiências e contatos com o passar dos anos.
 2-Empreendedores são “ jogadores”  que assumem riscos altíssimos. – realidade:  tomam riscos calculados, evitam riscos desnecessários, compartilham os ricos com os outros, dividem o risco em partes menores.
3-Os empreendedores são “ lobos solitários” e não conseguem trabalhar em equipe:  - realidade: são ótimos lideres, criam times, desenvolvem excelente relacionamento no trabalho com colegas, parceiros, clientes, fornecedores e muitos outros.
12. Algumas características dos empreendedores;
·                           São visionários: tem a visão de como será o futuro para o negocio e sua vida, e o mais importante, eles tem a habilidade de implementar seus sonhos.

·                           Sabem tomar decisões: não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, principalmente nos momentos de adversidades, sendo um fator chave para o sucesso.e mais, além de tomar decisões, implementam as suas ações rapidamente.

·                           São indivíduos que fazem a diferença: os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma idéia abstrata, em algo concreto que funciona, transformando o que é possível em realidade. Saber agregar valor aos serviços e produtos que colocam no mercado

·                           Sabem explorar ao Maximo as oportunidades: para a maioria das pessoas, as boas idéias são daqueles que as vêem primeiro, por sorte ou por acaso; para os visionários ( os empreendedores) , as boas idéias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificam algo prático para transforma- lãs em oportunidade, através de dados e informações.O empreendedor é o exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso, criativo e atento a informações, pois sabem que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumentam.

·                           São determinados e dinâmicos: Eles implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma vontade ímpar de fazer acontecer. Cultivam um inconformismo diante da rotina.

·                           São dedicados: Eles se dedicam 24 horas por dia, 7 dias por semana, ao negocio. São trabalhadores exemplares, encontrando energia para continuar, mesmo quando encontram problemas pela frente.

·                           São otimistas e apaixonados pelo que fazem: eles adoram o seu trabalho, sendo esse amor o principal combustível que os mantém cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem como ninguém, fazê-los.

·                           São independentes e constroem seus propôs destinos: Eles querem estar a frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem criar algo novo e determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos...

·                           São líderes e formadores de equipe: tem um senso de liderança incomum. São respeitados e adorados pelos seus pares, pois sabem valorizá-los estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si.

·                           São bem relacionados ( networking): sabem construir uma rede de contatos que os auxiliem no ambiente interno e externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.

·                           São organizados: os empreendedores sabem obter e alocar os recursos matérias, humanos, tecnológicos, e financeiro de forma racional, procurando o melhor desempenho para  negócio.

·                           Planejam, Planejam: os empreendedores de sucesso planejam cada passo, desde o primeiro rascunho do plano de negócios, até a apresentação do plano a investidores e superiores, sempre tendo como base a forte visão de negócio que possuem.

·                           Possuem conhecimento: são sedentos pelo saber e apreendem continuamente, pois sabem que quanto maior o domínio em um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito.

·                           Assumem riscos calculados: Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar os riscos, avaliando as reais chances de sucesso. Assumir riscos tem relação com desafio. E  para o empreendedor quanto maior o desafio mais estimulante será a jornada empreendedora.

·                           Criam valor para a sociedade: os empreendedores utilizam o seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, através da geração de emprego, dinamizando a economia e inovando, sendo usando a sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas.

















13. CONCLUSÃO






























14. ANEXOS
1- Teste de conhecimentos sobre o indivíduo empreendedor e reforce os conceitos do capítulo.
1. A principal motivação de um empreendedor para iniciar um negócio é:
(a) ganhar dinheiro                     (d) ser independente
(b) ser famoso (status)                (e) ter poder
(c) segurança
2. Para ser um empreendedor de sucesso, você precisa de:
(a) dinheiro                       (d) uma boa idéia
(b) muito trabalho             (e) todas as anteriores
(c) sorte
3. Os empreendedores são melhores como:
(a) gerentes                             (c) administradores
(b) capitalistas de risco           (d) fazedores
4. Os empreendedores:
(a) assumem altos riscos                        (c) assumem riscos moderados
(b) não assumem riscos                          (d) não se preocupam com riscos
5. Os empreendedores são apaixonados por:
(a) novas idéias                                  (d) novos produtos
(b) novos empregados                        (e) todas as anteriores
(c) novos conceitos administrativos
6. Os empreendedores geralmente criam:
(a) novas empresas de serviços
(b) novas empresas de manufatura
(c) novas empresas de construção
(d) novas empresas de tecnologia
(e) mais de uma empresa
Análise do teste 1:
1. Resposta (d). O empreendedor necessita ser independente e não aceita a idéia de trabalhar para os outros como empregado. Isso o leva a assumir riscos e a trabalhar várias horas por dia e fins de semana no próprio negócio.
2. Resposta (e). Dinheiro, muito trabalho e uma boa idéia são ingredientes indispensáveis para o empreendedor obter sucesso. Mas, além disso, é preciso estar no lugar certo, na hora certa, e ter a competência necessária para detectar e aproveitar as oportunidades.
3. Resposta (d). Os empreendedores são aqueles que fazem as coisas acontecerem.
4. Resposta (c). Os empreendedores não são loucos. Sabem que assumir riscos faz parte da aventura empreendedora, porém, o fazem de maneira calculada.
5. Resposta (e). Tudo que é novo deixa o empreendedor apaixonado, pois alimenta sua criatividade. E a criatividade induz à inovação, que é um ingrediente indispensável do processo empreendedor.
6. Resposta (e). Estatísticas mostram que a maioria dos empreendedores não se contenta em criar apenas um negócio, independentemente de sucesso ou fracasso. A sede pelo novo faz com que os empreendedores estejam sempre pensando em novas formas de se fazer a mesma coisa.

















2. Você é um empreendedor em potencial? Então faça o teste a seguir e analise o seu desempenho.
AUTO-AVALIAÇÃO DE SEU PERFIL EMPREENDEDOR
(AMBIENTES, ATITUDES E KNOW-HOW)
I. Atribua à sua pessoa uma nota de 1 a 5 para cada uma das características a seguir e escreva a nota na última coluna.
II. Some as notas obtidas para todas as características.
III. Analise seu resultado global com base nas explicações ao final.
IV. Destaque seus principais pontos fortes e pontos fracos.
V. Quais dos pontos fortes destacados são mais importantes para o seu desempenho como empreendedor?
VI. Quais dos pontos fracos destacados deveriam ser trabalhados para que o seu desempenho seja melhorado? É possível melhorá-los?
Características
Excelente
5
Bom
4
Regular
3
Fraco
2
Insuficiente
1
NOTA
Comprometimento e determinação






1. É proativo na tomada de decisão






2. É tenaz e obstinado






3. Tem disciplina e dedicação






4. É persistente ao resolver problemas






5. É disposto ao sacrifício para atingir metas






6. É capaz de imersão total nas atividades que desenvolve






Obsessão pelas oportunidades






7. Procura ter conhecimento profundo das necessidades dos clientes






8. É dirigido pelo mercado (market driven)






9. É obcecado por criar valor e satisfazer os clientes






Tolerância ao risco, ambigüidade e incertezas






10. Corre riscos calculados (analisa tudo antes de agir)






11. Procura minimizar os riscos






12. Tolera as incertezas e falta de estrutura






13. Tolera o estresse e conflitos






14. É hábil em resolver problemas e integrar soluções






Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação






15. Não é convencional, tem cabeça aberta, pensa






16. Não se conforma com o status






17. É hábil em se adaptar a novas situações






18. Não tem medo de falhar






19. É hábil em definir conceitos e
detalhar idéias






Motivação e superação






20. É orientado para metas e resultados






21. É dirigido pela necessidade de crescer e
atingir melhores resultados






22. Não se preocupa com status e poder






23. Tem autoconfiança






24. É ciente de suas fraquezas e forças






25. Tem senso de humor e procura estar animado






Liderança






26. Tem iniciativa






27. Tem poder de autocontrole






28. Transmite integridade e confiabilidade






29. É paciente e sabe ouvir






30. Sabe construir times e trabalhar em equipe






TOTAL







Analise seu desempenho:
120 a 150 pontos: Você provavelmente já é um empreendedor, possui as características comuns aos empreendedores e tem tudo para se diferenciar no mundo dos negócios.
90 a 119 pontos: Você possui muitas características empreendedoras e às vezes se comporta como um, porém você pode melhorar ainda mais, se equilibrar os pontos ainda fracos com os pontos já fortes.
60 a 89 pontos: Você ainda não é muito empreendedor e provavelmente se comporta, na maior parte do tempo, como um administrador e não um “fazedor”. Para se diferenciar e começar a praticar atitudes empreendedoras procure analisar os seus principais pontos fracos e definir estratégias pessoais para eliminá-los.
Menos de 59 pontos: Você não é empreendedor e, se continuar a agir como age, dificilmente será um. Isto não significa que você não tem qualidades, apenas que prefere seguir a ser seguido. Se você pretende ter um negócio próprio, reavalie sua carreira e seus objetivos pessoais.
15. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

  • DEGER, Ronald. O Empreendedor – Fundamentos da iniciativa Empresarial. – São Paulo: McGraw – Hill, 1989, 2ed.
  • SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. Editora: Cortez, 23 ed. 2007
  • CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da Administração. Editora Campus, 7 º ed. 1996.
.
  • http://www.josedornelas.com.br/ Acessado em 10/11/2010 ás 14h35min

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